segunda-feira, 24 de junho de 2013

       Página 3.

    Continuação...


    -Que tal se fossemos agora mesmo? - indagou Digory.
-Está bem - respondeu Polly.
-Não precisa ir, se não quiser.
-Se você topa, eu também topo.
-Como a gente vai saber que está em cima da casa vizinha?
    
     Resolveram descer e contar quantos passos havia em toda a extensão da casa e, depois, contaram os passos entre uma viga e outra, para saber quantas vigas existiam sobre a casa. Então, multiplicaram esse número por dois: o resultado obtido corresponderia ao fim da casa de Digory; dali para a frente, só poderiam estar no sótão da casa vazia.
-Mas não acho que ela esteja mesmo vazia! - disse Digory.
-Como assim?
-Acho que alguém mora lá,escondido,saindo e entrando tarde da noite com uma lanterna abafada.Acho que vamos descobrir um bando de assassinos e ganhar uma recompensa.É besteira acreditar que uma casa fique vazia esse tempo todo, a não ser que exista algum mistério.
-Papai acha que é por causa do mau estado do encanamento - observou Polly.
-Encanamento! Gente grande tem mania de dar explicações sem graça! - disse Digory. Agora, que conversaram à luz do dia, não parecia muito provável que a casa estivesse mal-assombrada.
   Não estavam muito seguros sobre as medições e os cálculos no papel, mas, de qualquer maneira,não havia tempo a perder.
-Não podemos fazer o menor barulho - disse Polly quando subiram e se encontraram perto da caixa-d'água.Cada um levava consigo uma vela ( coisa que não faltava na caverna de Polly).
  Estava muito escuro e empoeirado.Iam pisando de viga em viga, sem dizer palavra,exceto quando cochichavam um para o outro: " Já devemos estar na metade do caminho" - ou coisa parecida. Ninguém tropeçou. As chamas das velas aguentaram firme.
  Por fim descobriram uma portinha encaixada na parede de tijolos,à direita. Não havia maçaneta desse lado,mas havia um pegador, como se vê às vezes na parte interna da porta de um armário.
-Abro? - perguntou Digory.
-Se você topar,eu topo - respondeu Polly.

    A coisa estava começando a ficar séria,mas ninguém ia dar para trás, Digory empurrou o pegador com dificuldade. A porta abriu-se toda e a súbita luz do dia doeu-lhes nos olhos. Então,com grande espanto,viram que estavam olhando não para um sótão vazio, mais para um quarto mobiliado.
  Não parecia ter ninguém.O silêncio era tumular. A curiosidade de Polly  resolveu a indecisão: soprando a chama da vela, ela entrou no quarto estranho,quietinha como um camundongo.
   O local tinha naturalmente a forma de um sótão,mas estava arrumado como uma sala de estar.Não havia canto de parede sem estantes, e não havia canto de estante que não tivesse atulhado de livros.O fogo crepitava na lareira; era um verão muito frio, como você se lembra.Diante do fogo estava uma poltrona alta.Entre a poltrona e Polly,enchendo quase a metade da sala,havia uma mesa enorme,repleta de objetos - livros, cadernos grossos, vidros de tinta,um microscópio. Mas o que Polly notou em primeiro lugar foi uma bandeja de madeira contendo um certo número de anéis.Os anéis estavam colocados em pares - um amarelo e um verde juntos, um pequeno espaço, depois outro anel amarelo com um anel verde.
  Não eram maiores do que os anéis comuns, e era impossível deixar de olhar para eles,pois eram muito brilhantes e bonitos.
    
        A sala estava tão quieta que se percebia logo de entrada o tique-taque do relógio.Mas,notava-se agora, não era tão quieta assim.Havia no ar um ligeiro,um muito ligeiro zumbido. Se os aspiradores de pó já estivessem sido inventados,Polly imaginaria que se tratava do ruído de um aspirador de pó funcionado lá longe,bem lá longe.O som era mais agradável do que o de aspirador, mais musical,mas era tão leve que mal de podia ouvir.
-Tudo bem - disse Polly - não tem ninguém aqui. - Ela passou a cochichar. Digory também entrou, piscando o olho, sujo para ver... Polly também não estava nada limpa.
-Não estou gostando nada disso - disse Digory - Não é uma casa vazia coisa nenhuma. É melhor a gente cair fora antes que chegue alguém.
-Que isso? - perguntou Polly,apontando para os anéis.
-Deixe para lá. O melhor é a gente cair...

     Não chegou ao fim. A poltrona na frente do fogo moveu-se de repente e dela surgiu, como um diabo de comédia pulando do alçapão, a figura amedrontadora do tio André. Não estavam mesmo na casa vazia: estavam na casa de Digory! No estúdio proibido!
- Minha nossa - exclamaram as duas crianças.
      Tio André era altíssimo e muito magro.Tinha uma cara comprida, com um nariz pontudo,olhos faiscantes e uma moita de cabelos grisalhos. 
       Digory estava mudo, pois tio André parecia mil vezes mais apavorante do que antes.Polly ainda não estava tão amedrontada.Mas não demorou muito, pois a primeira coisa que tio André fez foi cruzar a sala e trancar a porta. Voltou-se, fixou as crianças com seus olhos faiscantes e sorriu,  mostrando todos os dentes.
-Ah! Agora a louca de minha irmã não pode mais nos perturbar!
  Era terrível, muito diferente de tudo o que se podia esperar de um adulto! Polly tinha o coração na boca. Ela e Digory começaram a caminhar na direção da portinhola por onde haviam entrado.Tio André foi mais ligeiro, fechando também essa passagem.Depois esfregou as mãos, estalando os nós dos longos dedos muito brancos.
-Encantado em vê-los - disse - Duas crianças! Exatamente o que eu mais queria neste momento!
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 Page 3.

    Continued ...


    How about if we were right now? - Asked Digory.
It's okay - Polly replied.
You need not go if you do not want.
-If you come across, I also top.
How we will know who is on the house next door?
    
     Decided to come down and count how many steps there were in the entire length of the house, and then counted the steps between a beam and another to know how many there were beams on the house. Then, multiply that number by two: the result corresponds to the end of Digory's house, thence forward, could only be in the attic of the empty house.
-But do not think she's even empty! - Said Digory.
How so?
I think that someone lives there, hidden, coming and going late at night with a flashlight abafada.Acho we'll find a bunch of murderers and earn a recompensa.É bullshit believe that a house is empty all this time, unless there some mystery.
-Dad thinks it's because of the poor condition of the plumbing - Polly noted.
-Pipeline! People have great craze explanations bland! - Said Digory. Now, we talked to daylight, did not seem very likely that the house was haunted.
   Were not too sure about the measurements and calculations on paper, but, anyway, there was no time to lose.
We can not make the slightest noise - when told Polly rose and met near the water tower. Each carried a candle (not something that was missing in the cave Polly).
  It was very dark and empoeirado.Iam stepping from beam to beam, without a word except when they whispered to each other: "We must be halfway there" - or something. Nobody tripped. The candle flames withstood firm.
  Finally found a small door embedded in the brick wall on the right. There was no handle on this side, but there was a sucker, as seen sometimes on the inside of a cabinet door.
-I open? - Asked Digory.
-If you run, I top - Polly replied.

    The thing was getting serious, but nobody would give back, Digory pushed the handle hard. The door opened and all sudden daylight hurt them in the eyes. Then, to their astonishment, saw that they were looking not for an empty attic, over to a furnished room.
  There was silence seemed ninguém.O tomb. Curiosity Polly decided indecision: blowing the candle, she entered the strange room, quietly as a mouse.
   The site was naturally the form of an attic, but it was neat as a room estar.Não had no wall corner shelves, and there was no corner shelf that had not littered with livros.O fire crackled in the fireplace, was a long summer cold, as you lembra.Diante fire was an armchair alta.Entre the chair and Polly, filling nearly half of the room was a large table full of objects - books, notebooks thick glasses, ink, a microscope. But what Polly noticed first was a wooden tray containing a number of anéis.Os rings were placed in pairs - a yellow and green together, a small space, then another yellow ring with a green ring.
  Were no larger than the common rings, and it was impossible not to look at them, they were very bright and beautiful.
    
        The room was so quiet that realized just input the ticking relógio.Mas, noticed now, it was so quiet in the air slightly assim.Havia a very slight buzz. If the vacuum cleaners were already been invented, Polly would have thought it was the noise of a vacuum cleaner worked far away and there longe.O sound was more enjoyable than the cleaner, more musical, but it was so light that barely could hear of.
All right - said Polly - nobody's here. - She began to whisper. Digory also entered, winking, dirty to see ... Polly was also not clean anything.
-I do not like any of it - said Digory - There is an empty thing. We'd better get out before it reaches someone.
-What is it? - Polly asked, pointing to the rings.
-Never mind. The best is we fall ...

     Not come to an end. The chair in front of the fire moved suddenly and it came up as a devil comedy jumping the trapdoor, the frightening figure of Uncle Andrew. They were not even in empty house: they were in Digory's house! Prohibited in the studio!
- My goodness - exclaimed the two children.
      Uncle Andrew was very high and very magro.Tinha one long face with a sharp nose, sparkling eyes and a clump of gray hair.
       Digory was speechless because Uncle Andrew looked a thousand times more terrifying than antes.Polly was still not as amedrontada.Mas not take long, because the first thing Uncle Andrew did was cross the room and lock the door. He turned, fixed the children with their sparkling eyes and smiled, showing all his teeth.
-Oh! Now the crazy sister can no longer disturb us!
  It was terrible, very different from anything that could be expected of an adult! Polly's heart was in his mouth. She and Digory started walking toward the door through which they had entrado.Tio André was lighter, also closing this passagem.Depois rubbed his hands, snapping nodes of the long white fingers too.
-Nice to see them - said - Two children! Exactly what I wanted most at the moment!


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